28 de agosto de 2015

Você vai rir, sem perceber

Levando Aninha para escola quando o rádio anuncia o fenômeno na "Super Lua"
- Olha filha! Hoje a noite vai ter um fenômeno! Vamos ver?
- Que "fenonemo" mamãe?
- A super lua!!
- O que é a super lua?
- É quando a lua fica cheia e muito próxima do nosso planeta

Silêncio..... e de repente:
- Mas mamãe.... a lua não tem capa!

27 de agosto de 2015

Egos!

Presenciei hoje eles... todos inflados e vi as coisas que as pessoas são capazes de fazer para massagear suas autoestimas, seus egos, suas máscaras. Confesso que fico preocupada com o tipo de mundo que minha filha vai crescer, porque nem eu sei direito como lidar com isso.

As redes sociais estão bem dentro desse contexto, o que de certa forma é interessante porque nesse sentido se converteram num outro tipo de ferramenta; diferente de sua concepção. Servem para se promover, para aparcer... e aparecer bem, né? Mostrar que está bem. Hoje todo mundo usa as redes sociais para dizer que está bem, que não tem problemas, que vive no mundo de Alice.

E quando os egos se encontram num mesmo espaço físico é algo bonito de se observar, porque por maior que seja o espaço e por menor que seja a quantidade de egos, eles não vão caber naquele espaço. Hoje eles não couberam. E eu confesso que me espantei com o que vi: pessoas falando alto, uma querendo sobrepujar a outra. Uma querendo dizer que seu trabalho era mais relevante e maior que o das outras. E depois, foi uma coisa feia também: as pessoas estavam contando vantagens. Se dizendo... se achando...



Meu Deus!

Nós somos nada! Nascemos nada, temos a chance de nos tornar alguma coisa. Aí, como seres inteligentes que somos, pegamos essa chance e transformamos em algo  que nos enalteça, que nos faça sentir maior e melhor. Será que algum dia as pessoas vão perceber que nós não estamos aqui para isto? Que nosso propósito pode e deve ser bem maior que a nossa necessidade pessoal de nos enaltecer?

Fico decepcionada. Mas hoje, especificamente ao ver esta cena, não me senti assim. Eu ri, porque foi tão ridículo, tão ridículo, tão ridículo que ficou engraçado. Apesar de no fundo apenas evidenciar a o tamanho da besteira das pessoas.

O simples e o verdadeiro é tão melhor... tomara que um dia percebam!

Enquanto não percebem... que continuem nesse joguinho bobo e sem sentido. Criando necessidades e fazendo questão de dizer que estão muito melhores do que os outros, sem problemas, sem tristezas, sem questões existenciais, sem decepções, sem preocupações,... sem vida! Sim! Isso também faz parte da vida.

Tolos!

Assistam "Divertidamente", porque quando alguém explica e a gente não entende, um desenho ajuda!

15 de agosto de 2015

O Essencial

Hoje assisti o filme "O Pequeno Príncipe". Pequeno só mesmo no título. Enorme, emocionante. Inquietante...

O dia não foi bem escolhido, mas é um filme que fala vai até a nossa alma: bem lá no fundo e sem precisar de muito.
Lindo! Lindo mesmo. Mas talvez seja para crianças um pouquinho maior, com alguma visão de mundo.
Já tinha lido o livro duas vezes e voltei a ler novamente.

"Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"


E quando a gente cativa, dói um pouco - como a menininha disse no filme.

2 de agosto de 2015

Lindos e supreendentes!

Estou num momento de busca ao que é verdadeiramente bonito. Bonito por ser lúdico, bonito por ser puro, por ser sincero.

Já viu que é difícil, né?
Mas hoje tive duas gratas surpresas. Quem viu gostou, certamente.

A primeira: Projeto Livro Viajante. Coisa linda! Hoje foi o lançamento deste projeto que criou três livros gigantes que contam histórias riquíssimas da cultura brasileira. Eu adorei! Fiquei realmente surpesa e encantada. Ana amou.

Ana me contou que gostou mais da história do "Menino Estripulia", mas eu estava curiosíssima pela histrória da "Princesa do Pé de jabuticaba". A página do projeto no Facebook, vale a pena ser visitada!

Fonte: http://www.cultura.ba.gov.br/2015/07/30/livros-gigantes-com-suas-historias-fantasticas-sao-apresentados-ao-publico-e-comecam-a-viajar-pelo-brasil/
O segundo: a exposição Folclore Digital. Quando eu li, eu pensei: "não vou! Devem ter feito alguma coisa com tablet. Todo mundo agora diz que faz coisas interativas com tablet". Particularmente, eu não acho que essa seja a mídia ideal para chegar nas crianças, apesar de todas elas hoje serem enlouquecidas pelos eletrônicos. Acho que sempre há um caminho do meio.

Pois bem, disse que não ia mas fui! E quero ir de novo!
Lindo demais. Chegaram no coração de Ana. Ela assistiu três vezes!
hehehe!!
E detalhe: Não tem nada a ver com tablets e assumo aqui o meu pré-conceito!





Quem tem filho, vá e leve as crianças. Quem não tem filhos, vá ver. A exposição está muito bem montada e com uma linguagem própria conta a história de alguns dos personagens de nosso folclore.
Eu adorei!

Salvador precisava de mais coisas deste tipo. O povo daqui só sabe ir para o Shopping! Concordo também que estas coisas precisam ser mais bem divulgadas. Tem mudado, mas a passos de tartaruga.

1 de agosto de 2015

Universo rosa... é sério isso?? Seríssimo!

Antes mesmo da minha filha nascer, eu já tinha horror a essa coisa da "menininha rosa", que veste rosa, usa flores o tempo todo, anda saltitando como uma bailarina... e desde que minha filha nasceu luto com todas as armas contra isso.

Policio o que brinca, o que veste, o que assiste, e converso, converso muito para entender o que sente e desmitificar algumas coisas impostas pelo mercado. Ah o mercado. O mercado é um inferno: quer empurrar Hello Kit, Fadas, Princesas, Rainhas: tudo rosa, com flores, estrelinhas, modelinhos bem programados de sucesso de vendas, mas que nada tem a ver com a vida que temos e com o que vemos na prática.

Quis fazer enxoval amarelo... até pensei em verde, mas era impossível. Resolvi fazer enxoval sem cor definida!
:)

É uma luta constante... e as vezes cansa, porque agora ela vai para a escola, e lida com outras meninas que são totalmente princesas... usam vestdos longos, rosa, de tule, organza e vão para o parque brincar assim.

E eu, na contramão, tentando ensinar ela que para o parque é legal usar camiseta, short e tênis (ou sandália) porque deixa a brincadeira mais divertida e mais fácil.

Brincar de bola?? Eca!

E eu na contramão jogando futebol com ela, brincando de bobinho, ou simplesmente jogando bola, sem propósito, sem objetivo... apenas para curtir o momento.

E sendo mãe, de uma menininha de 4 anos, tenho que lidar com três questões fudamentais, segundo um amigo me disse recentemente: de raça, de gênero e sociais... não necessariamente nesta mesma ordem.

Então aqui, vou aproveitar este espaço para falar um pouco disto, em posts futuros!

Ê vidinha difícil!