26 de junho de 2015

Aqui, lá ou acolá?

Recentemente, estive conversando com algumas pessoas próximas e amigos "abroad" sobre morar fora do Brasil. A principal motivação para este questionário informal certamente foram minhas conversas com os meninos do trabalho recem regressados do CSF, e totalmente empolgados com a vida funcional e com mais "facilidades" que se leva fora do Brasil.

Estes estudantes tem um perfil fácil de determinar: quando voltam querem morar sozinhos, não se (re)adaptam a vida no Brasil (mais especificamente na Bahia), querem loucamente ganhar dinheiro... para poder sair daqui.



Sim... sair daqui! Esta é a solução! Cair fora já!
Porque?

Porque aqui não tem segurança, porque o transporte público é ruim, porque o custo de vida é muito caro e porque o trabalho paga mal.

Sim, sob certo ponto de vista eu concordo com eles.

Atualmente o Brasil paga um preço por algumas arbitrariedades administrativas e um destes preços é o elevado custo de vida. A conta do brasileiro ficou muito cara, e os sinais começaram ainda em meados de 2014.2. Este ano está terrível, sem dúvidas: só para citar um mero exemplo, 30% da minha conta de luz é imposto e taxa. De fato, um absurdo. Outra coisa que tem onerado bastante são as compras do dia a dia... o bom e velho mercado. Tudo está muito caro de fato, mas fico me perguntando até que ponto estes meninos, que ainda estudam e moram com os pais em sua maioria (deixo aqui claro que não são todos!) conseguem entender estes valores já que boa parte não paga as contas. Principalmente estas contas. Mas enfim. Devem sentir outros custos, como o preço da gasolina, do estacionamento do shopping, do cinema, do lanche, do almoço.

A segurança na Bahia está péssima! Muitos assaltos, delinquencia, roubos. Isso realmente é incontestável, assim como o transporte público. Não dá!

Aqui no Brasil até já visitei locais onde o transporte de massa funciona (de alguma forma), mas aqui na Bahia, que só contamos com o tal do buzú: escasso, lotado, nada pontualos engarrafamentos longos e invetiáveis, numca cidade que virou um canteiro de obras.

Recentemente um estudante conversava comigo que um de seus colegas foi para Europa e "sobrevivia bem com 600 euros e ainda juntou dinheiro e viajou pra cara$%#". Aí eu fiz várias observações:
1) Ele não morava sozinho: compartilhava o apartamento;
2) Ele trabalhava por lá (ou fazia estágio), o que ajudava na renda;
3) Quantas refeições ele fazia por dia? Qual era o tipo da refeição? Perguntei isto porque sei que o custo da carne por lá é bem alto e também não é muito comum. As frutas também não são muito baratas e a opção acaba sendo mesmo os chineses.
4) As viagens pela Europa são comuns e tem um custo muito baixo reltivamente falando, porque existem os trens como opção para diversos trechos no mesmo país e até mesmo fora dele. Além disso, existem muitas cias aéreas low cost, o que facilita tudo.

Ouvi coisas interessantes, como por exemplo dizer que uma família com 4 pessoas sobrevive bem com 800 euros, incluindo moradia, alimentação e educação. Em moedas de hoje, isso dá uns R$2,800 arredondados. E aí eu acho que não! Meu sensor me diz que tem alguma coisa errada nesta conta.

"Flávia, a tendência mundial agora é esta!"

A minha resposta foi uma pergunta: 
"Você acha que se isto for realmente uma tendência mundial, que os países não vão criar uma barreira com relação a esta imigração?"

É um assunto que dá muito pano pra manga, mas eu acho que devemos passar por estas experiências de uma forma menos apaixonada e inclinada à mudança como solução.

Uma destas pessoas que mora fora daqui me escreveu: "Aqui é mais fácil do ponto de vista prático. Difícil é romper os laços e criar novos" e aí talvez haja a real sinceridade.

11 de junho de 2015

Mimo e surpresa

Ganhei de uma pessoa especial e inesquecível. Tão delicado e atencioso comigo!
Nem acreditei... fora que é delícia!


Presente bom é assim: fora de data. Do jeito que gosto!
Obrigada, Ramon.
Beijooooooo!

10 de junho de 2015

8 de junho de 2015

Apropriado

"O importante não é o que você sabe, mas o que você pode provar"
Dia de Treinamento

5 de junho de 2015

Quem é que vai acreditar nessa história?

Ontem foi um dia difícil. De manhã chorei de raiva, de ódio, por me sentir uma idiota... Nada relacionado aos hormônios (hehehe... está tudo ok com eles!). E daí, hoje eu acordei e resolvi conversar com alguém sobre o assunto. Combinei com Fernando de tomarmos um suco fora do trabalho porque eu precisava conversar, desabafar.

Ele estava num curso mas foi lá no trabalho me encontrar. Resolvida algumas pendencias a gente saiu. Fomos no Ulisses. O papo iniciou no carro mesmo porque achei que ele estava meio curioso, se bem que ele é uma figurinha muito tranquila aparentemente. Mas eu não poderia medir o nível do suco gástrico dele!
:)

Tinha algumas pessoas do trabalho lá que me olharam meio atravessado quando me viram lá com ele...
heheheh
Ah esse povo linguarudo!

A conversa foi boa, sincera, tomamos o suco, regado a um petisquinho e depois eu disse:
- Vamos embora?
- Vamos.

Quando eu saí do Restaurante, alguém de inteligência rara tinha trancado meu carro. Fale sério! Sexta de noite??
O carro era um Fiesta Vermelho, com cara de carro de pegueteiro. Voltei no restaurante de mesa em mesa para ver se era de alguém: nada! Fiquei 25 minutos buzinando... nada!
Aí uma das meninas que vendiam os quitutes da festa de Santo Antonio disse:
- Ói.. aí só 21:30!

Era o que eu temia. Estava tendo uma missa por conta da Festa de Santo Antonio, que por sinal gosto muito, e o recado dela foi meio que: "se ligue. Você só sai daqui quando a missa acabar!"

Fui no módulo. A frase do policial foi: "É foda, né?"

Eu pensei cá comigo: "Bote foda nisso!!", mas apenas sorri e pedi ajuda. Ele disse que nada poderia fazer que eu tinha que ligar para Transalvador. Pedi a RMB que conseguisse o número pra mim e disse a Fernando para ir embora que eu ia ficar ali esperando... não tinha jeito!

Ele não quis me deixar sozinha...
Cavalheiro! Que bom!
;)

Liguei para Transalvador. O cara abriu uma ocorrência no sistema e pediu para esperar. Aí começou a parte inacreditável: Diante de nossa impotência na situação Fernando disse:
- Bora pra missa?
Eu olhei pra ele, sorri. Achei tão inusitado. Mas disse:
- Bora!

No caminho eu ainda disse: 
- Você não quer ir embora não? Vá embora enquanto ainda é cedo!
- Que nada! Tô de boa!

Fomos para a igreja, que por sinal estava muito linda! A missa foi realmente muito bonita
Surpreendente parte II: Fernando conhecia as músicas de Santo Antonio!
hehheheh

Pra provar que a gente não pode julgar ninguém! Fiquei curiosa para saber como é que ele conhecia aquilo tudo e ele disse que participou de uma peça que aprendeu as músicas. EU contei a ele que minha avó costumava fazer um mega evento essa época. E aí ele me surpreendeu de novo:
- Mas é um mega evento!

A gente estava com um olho na missa e outro no carro, pra ver se o dono do Fiesta aparecia. De repente, Fernando disse:
- Ó quem está ali!
Eu não vi logo, mas era Pablo. Passou por nós, chamei ele e contei o que aconteceu. Mostrei meu carro e ele disse:
- Sinceramente, eu acho que as pessoas tem problemas cognitivos!

Eu ri muito e ele disse:
- É serio! Eles não conseguem entender as placas de transito!

Bem... assistimos a missa, cantamos, recebemos água benta, tomamos chuva, um vento gelado, até que a missa acabou!

Fomos para o carro. Caiu um toró!
Tadinho de Fernando... nariz entupido e ainda caiu nessa cilada!

O dono do carro chegou: me preparei toda para o desaforo, mas nem deu tempo: Pablo tomou a palavra e esculachou o cara. Não deu pena não, porque eu fiquei lá 1,5h por causa dele... mas Pablo pegou bem pesado! Bem pesado!!
O cara pediu desculpas. Ficou com vergonha.

Se eu tivesse uma F250 ou uma Amarok eu tinha empurrado o carro dele pra frente fácil, fácil. Eu ia amassar o carro dele para ele deixar de ser idiota. Ia empurrar e deixar no meio da rua. Meu desejo mesmo era que a Transalvador guinchasse, mas como Fernando disse:
- A SET só aparece aqui quando o sete virar oito!

Fui deixar ele em casa porque já era bem tarde. No caminho eu disse a ele: 
- Quando vc chegar em casa vc diz a sua mãe que estava na igreja rezando em plena sexta-feira dez horas da noite!

A resposta foi a melhor coisa da noite:
- Minha mãe é de boa! O negócio é a nega. É! Hoje eu vou ter que inventar uma mentira porque a verdade está difícil de acreditar.

kkkkk
É isso mesmo, Fernando. Se a gente contar que estava na missa, ningém vai acreditar. Mas é a mais pura verdade!!

Pelo menos teve Pablo de testemunha. 
Aqui está a prova. Agora me diga... esse cara não é I-D-I-O-T-A?




4 de junho de 2015

Fazer o que?

Para o meu tamanho, eu não deveria chorar.
Pelas pessoas, eu deveria imaginar.
Pela minha experiência, eu não deveria me surpreender.
Pelo que já vi, eu não deveria sofrer.
Pelo ambiente, eu deveria prever.

Porque é assim, eu não sei!
Mas, fazer o que?

Chorar, me surpreender, sofrer.

Cair e levantar!
E amanhã? Sorrir...


Mas não para todos. Não mais!