Dentre os diversos causos de ilhotas, segue mais um. Tem uma figura que sempre vai na casa de mãe para vender frutas, verduras e legumes. O sujeito passa com um carrinho de mão, abarrotado com tudo que tem direito e grita do portão de casa:
- Ô fregueeeeessa! Vai querer o que hoje?
No reveillon essa figura esteve lá em casa e seguiu nosso diálogo:
- Ô fregueeeeessa! Vai querer o que hoje?
E eu disse:
- Hoje não quero nada não!
- Cadê sua mãe?
- Só amanhã! Passe aqui amanhã
Ou seja, ele queria vender as paradas, sabia que comigo "não ia dar jogo" e perguntou logo por minha mãe. Por outro lado, eu já sabendo que estávamos passando poucos dias, e mãe não ia querer nada, disse para ele passar amanhã.
Bom, hoje essa figura passou lá em casa. A gente não queria nada. A fruteira estava cheia, mas ele tinha uma jaca e eu sou doida numa jaca. Seguindo aos apelos dele, mãe comprou uns tomates (feios de doer, por sinal) e eu comprei uma jaca ENORME... inteirinha! Jaca dura, claro!
Nessa operação de compra e venda, papo vai e papo vem ele fez a propaganda de seus produtos:
- Oia... esses tomates e a jaca... é tudo do bom... Lá da roça...
E eu, aproveitando que o carrinho dele era uma seção de hortifruti completa, dei corda:
- É mesmo? Você planta isso tudo? Trabalhão, hein?
Ao que ele responde:
- Tô lhe dizendo... aí é produto de qualidade. Criado sem "crímica" niuma. Esses aí pode comer tranquilo porque não tem "crímica".
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